O casamento pode ser considerado o momento mais sublime na vida de uma pessoa. É o encerramento de um ciclo para que outro comece e renove todo o amor, respeito e cumplicidade entre um casal. É um verdadeiro divisor de águas, às vezes uma total reviravolta, com mudanças íntimas e até mesmo físicas. Um momento tão especial deve ser eternizado de todas as formas. Mas será que, para isso, é preciso um mutirão de profissionais?
Na hora de escolher o fotógrafo do seu casamento muitos aspectos artísticos e técnicos devem ser levados em consideração. Portfólio, criatividade, recursos e equipamentos, qualidade de álbuns, apresentação pessoal e, claro, empatia. Cada um com sua importância e fundamento. Na hora de decidir como vai ser o registro do seu grande dia, seja com fotografia ou filmagem, um aspecto pode fazer toda diferença: a quantidade de profissionais.
A expressão "menos é mais", usada inicialmente pela arquitetura, tem seu uso bem aplicado também nessa importante escolha. Associada diretamente ao preço dos serviços, a definição de quantas câmeras irão fotografar e quantas irão filmar o evento, além das equipes de assistentes, define, entre outras coisas, o posicionamento de cada um no espaço da cerimônia, da festa, e até mesmo na preparação dos noivos. E interfere diretamente no resultado final entregue, para melhor ou pior, de acordo com a relação de espaço, momento e objetivo.
Quanto mais profissionais envolvidos, mais "poluída" será a cena. O espaço é pequeno para tanta gente e a "luta" pelo melhor ângulo às vezes é feroz. Fotógrafos e videomakers se esbarram e precisam estabelecer uma relação amistosa para que cada um faça o melhor sem atrapalhar o trabalho do colega. Afinal, eles estão ali pelos noivos e só o que interessa é viver a felicidade deles, com eles. Uma imagem limpa como a da capa deste post, explica o que quero dizer. Ela só foi possível, pois a equipe de filmagem e a minha equipe eram pequenas e trabalhamos juntos para que o grande dia desses noivos fosse perfeito. Bastaram 30 segundos para eternizar essa cena da cerimônia. Esta pequena pausa - e a confiança e respeito dos colegas - fez toda diferença para fazer esse registro incrível.
Provavelmente você já deve ter visto uma foto/filmagem que flagrou o fotógrafo assistente segurando o flash, o videomaker saindo de cena ou as movimentações do cerimonial. Tudo isso faz parte dos bastidores de um casamento, mas, sem dúvidas, não merecem estar nas suas recordações.
Talvez seja muito audacioso, mas quando temos uma grande equipe de fotógrafos parece que não há espaço para todos, perde-se o time daquele momento, os cliques se tornam automáticos e o trabalho perde em qualidade e ganha em quantidade. Quando temos poucas câmeras o olhar é limpo, a entrega é maior e conseguimos captar o sentimento e significado daquele dia tão único e especial.
Os noivos precisam perceber por que aquela quantidade de câmeras, fotos entregues e pessoas na equipe, em algumas propostas, dizem tão pouco no principal, que é a qualidade e a intensidade do produto final entregue. A questão não é a quantidade de cliques ou horas de filmagem, mas sim o que esses materiais traduzem sobre o grande dia daquele casal. O abraço apertado do pai, a emoção do noivo ao ver a noiva, o carinho da tia acalmando a noiva, o abraço apertado no cachorro, olhos marejados com um presente surpresa ou o suspiro ao entrar na igreja. O nervosismo, a ansiedade, as lágrimas e o respiro final, pronta para encontrar o amor de sua vida no altar.
Um número enxuto de fotógrafos consegue produzir o mesmo "supra-sumo" de material que um grande número de profissionais. Entretanto, quanto menos gente, mais atento será o olhar e mais certeira será a tradução em arte das reações e emoções.
Vivo com meus noivos o grande dia do início ao fim. Vivo aquelas horas por eles e para eles. Na minha fotografia, busco captar a magia daquele dia e traduzir o amor, a entrega e a emoção. E não importa se estou fotografando sozinho o casamento ou com mais um fotógrafo e dois cinegrafistas. A entrega e a dedicação serão as mesmas. O que muda é a intimidade que cenas como as que fotografo pedem versus a interferência de profissionais nessas cenas. Quanto menos profissionais, melhor, mais limpa a cena, mais íntimo o momento.
Para conhecer o mini wedding da Chris na Estalagem do Mirante: https://www.sergioluizcastro.com/portfolio/casamentos/1226005-chris-e-alberto
Para conhecer o mini wedding da Liliana no Pelegrino: https://www.sergioluizcastro.com/portfolio/casamentos/1226039-liliana-e-matheus
Para conhecer o mini wedding da Manola no Haras Alcatruz: https://www.sergioluizcastro.com/portfolio/casamentos/1226052-manola-e-jeff
Para conhecer o mini wedding da Joana no Graciliano: https://www.sergioluizcastro.com/portfolio/casamentos/1226080-joana-e-heitor
Sergio Luiz Castro, slc